Curiosidades Vinicius Delmondes

Equipe fará busca ao “monstro do Lago Ness”, a maior já planejada em 50 anos

No próximo fim de semana, uma equipe de centenas de voluntários e entusiastas vindos de diferentes partes do mundo se reunirá às margens do lendário Lago Ness, na Escócia, em uma busca que se estende por mais de meio século. A missão: descobrir evidências concretas da enigmática criatura que, segundo relatos, habita as profundezas do lago. Essa expedição, coordenada pelo Centro do Lago Ness e anunciada no início de agosto, promete trazer novos olhares para um mistério que há décadas fascina o imaginário global.

Embora as primeiras contas de avistamentos de uma “besta aquática” remontem à Idade Média, foi há cerca de 90 anos que a criatura ganhou notoriedade com o nome de Nessie. O avistamento pioneiro foi feito por Aldie Mackay, gerente do Hotel Drumnadrochit, que, em um evento marcante, relatou ter visto uma figura misteriosa nas águas do lago. Esse testemunho foi amplamente divulgado pelo Inverness Courier, lançando as bases para a construção moderna do mito de Nessie, que logo se espalhou mundo afora.

Outro episódio relevante veio com o relato de George Spicer, que descreveu a visão de uma “forma extraordinária de animal” enquanto cruzava uma estrada próxima, antes de desaparecer nas profundezas do lago.

Imagem de Nessie (1985), um filme sobre esta criatura mítica.

Para esta empreitada atual, a busca pela esquiva criatura incorporará tecnologias de ponta inéditas. Drones equipados com câmeras infravermelhas capazes de capturar imagens térmicas da superfície aquática serão empregados, juntamente com hidrófonos projetados para detectar sinais acústicos incomuns sob as águas. Alan McKenna, representante da Loch Ness Exploration, manterá os entusiastas atualizados online sobre os avanços e desafios dessa jornada.

Apesar dos esforços de cientistas e aficionados, até o momento não foram encontradas provas conclusivas da existência da criatura aquática. A maior busca até agora ocorreu em 1972, liderada pela Oficina de Investigação do Lago Ness. Posteriormente, em 1987, a operação Deepscan relatou a detecção de um “objeto não identificado de tamanho e força incomum” por meio do uso de sonares.

Além dos desafios relacionados à busca pelo Nessie, a região também enfrenta obstáculos como as mudanças climáticas, o impacto do Brexit, restrições econômicas e o aumento dos custos de vida. Fraser Campbell, diretor do Grupo Cobbs e proprietário do Hotel Drumnadrochit, expressou um crescente interesse em fortalecer o turismo local como meio de enfrentar tais desafios econômicos.

Campbell destacou que a região oferece uma ampla variedade de atrações, desde a montanha mais alta do Reino Unido até os maiores corpos de água do país. No entanto, as mudanças climáticas também impactam a região. Recentemente, devido à falta de chuvas, o Lago Ness atingiu seu nível mais baixo desde os anos 1990. Nathan Critchlow, responsável pela água e planejamento na Agência Escocesa de Proteção Ambiental (SEPA), explicou que as secas estão se tornando mais frequentes na Escócia devido às mudanças climáticas, desmistificando a crença de que o país é sempre úmido.

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