Curiosidades Inspiração Vinicius Delmondes
Cavalo-marinho macho dà à luz mais de 300 filhotes em Santa Catarina
Um surpreendente evento ocorreu no Balneário Camboriú, Santa Catarina, nesta terça-feira (16), quando um cavalo-marinho da espécie Hipocampus reidi deu à luz a mais de 300 filhotes. A impactante cena foi capturada em vídeo pela líder de manejo do aquário, Tamiane Laffer, evidenciando o macho adulto liberando os filhotes.
Diferentemente de outras espécies, os cavalos-marinhos são notáveis pela peculiaridade de ser o macho o responsável pela gestação dos filhotes. A fêmea deposita os ovos em uma bolsa incubadora no corpo do macho, onde ocorre a fertilização e o subsequente desenvolvimento dos filhotes, caracterizando o fenômeno conhecido como gravidez reversa.
Denominados como cavalos-marinhos-de-focinho-longo, essa espécie destaca-se pela sua notável habilidade de camuflagem, sendo capazes de alterar sua coloração para se mimetizarem com o ambiente em que habitam. Possuem cabeças mais alongadas e olhos que podem se movimentar em direções opostas simultaneamente, enquanto os adultos alcançam em média 17 centímetros de comprimento, conforme informações fornecidas pelo Oceanic Aquarium, que celebrou o inédito nascimento desses animais em cativeiro.
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O Oceanic Aquarium esclareceu que os cavalos-marinhos ocupam um aquário exclusivo, onde podem viver por até 5 a 7 anos. A gestação dessa espécie perdura aproximadamente um mês, e os filhotes nascem com cerca de 2 milímetros de comprimento. Contudo, é comum que, entre os mais de 300 descendentes, muitos não alcancem a fase adulta.
Além disso, os cavalos-marinhos demonstram uma característica de monogamia, com os casais de peixes geralmente permanecendo juntos ao longo de suas vidas. Vale destacar que os pais desses exemplares tiveram origem na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), marcando assim a segunda geração da família desses cavalos-marinhos a se reproduzir e nascer sob os cuidados humanos.
Essa reprodução em cativeiro, embora impeça a reintrodução na natureza, contribui, de acordo com o Oceanic Aquarium, para a sustentabilidade da população da espécie no ambiente do aquário. Biólogos ressaltam a importância do cultivo de espécies em cativeiro para fins de pesquisa e preservação.
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