Lembra dele? Cavalo Caramelo está saudável e já ganhou 40 kg desde o resgate, dizem veterinários

Em meio às enchentes devastadoras que atingiram o Rio Grande do Sul em maio, o cavalo Caramelo emergiu como um símbolo de resistência. Desde o seu dramático resgate do telhado de uma casa em Canoas, na Região Metropolitana de Porto Alegre, em 9 de maio, Caramelo ganhou 40 kg e está saudável.

O Hospital Veterinário da Universidade Luterana do Brasil (Ulbra) compartilhou atualizações sobre a saúde de Caramelo. Na última sexta-feira (19), o cavalo recebeu uma vacina contra tétano, influenza e encefalomielite equina, além de passar por exames de rotina, incluindo a coleta de sangue.

“Ele está imunizado, e seus exames estão em dia”, afirma a médica veterinária residente Louise Maciel.

Caramelo, atualmente pesando 380 kg, não necessita mais de suplementos. Quando chegou à Ulbra, o cavalo estava desidratado e 50 kg abaixo do peso ideal.

Em junho, Caramelo recebeu um microchip para monitoramento contínuo de sua saúde. Com este dispositivo, informações sobre o cavalo são armazenadas em um banco de dados, facilitando o acompanhamento ao longo de sua vida.

O vínculo entre o Rio Grande do Sul e o cavalo é profundo, exemplificado pela história de Caramelo. Embora várias pessoas tenham se apresentado como tutores do cavalo, nenhuma reivindicação foi confirmada.

O resgate de Caramelo começou em 8 de maio, quando o Globocop avistou o cavalo ilhado em um telhado em Canoas, uma das áreas mais afetadas pela enchente. A repercussão do caso nas redes sociais rapidamente transformou o cavalo em uma celebridade com o apelido de Caramelo.

O resgate foi executado pelo Corpo de Bombeiros de São Paulo, com a assistência de veterinários. Caramelo foi sedado para garantir a segurança durante o trajeto no bote. Depois de ser transportado em uma carreta até o hospital veterinário, Caramelo recebeu tratamento para reidratação.

A mobilização em torno do resgate de Caramelo tocou o coração do Brasil, destacando a relação histórica entre o cavalo crioulo e o povo gaúcho. Este animal é considerado um patrimônio cultural do Rio Grande do Sul desde 2002.