Fernanda, a tartaruga gigante que acreditava-se estar extinta há mais de 100 anos é descoberta

Deram-lhe o nome de Fernanda em homenagem a Fernandina, a ilha onde foi descoberta, já faz mais de cem anos desde a última vez em que foi identificada uma espécie deste mesmo gênero, especificamente em 1906.

Graças a análises genéticas feita por especialistas de Princeton liderada por Stephen Gaughran, constatou-se que esta espécie de tartaruga não está extinta, pelo menos enquanto Fernanda estiver viva.

Ao sequenciar os genomas de Fernanda e do espécime encontrado em 1906, a equipe constatou que as duas tartarugas-da-fernandina pertencem à mesma espécie (Chelonoidis phantasticus ou “ tartaruga gigante fantástica ”) e são geneticamente distintas uma da outra.

Os detalhes da descoberta foram publicados quinta-feira na revista Communications Biology .

“Durante muitos anos pensou-se que o espécime original recolhido em 1906 tinha sido transplantado para a ilha, pois era o único do género, mas agora parece que é um dos poucos que estavam vivos há um século”, resume Peter Grant, especialista nas Ilhas Galápagos e pesquisador em Princeton.

Gaughran sequenciou o DNA de Fernanda e o comparou com o do espécime recuperado em 1906 e com amostras das outras 13 espécies de tartarugas de Galápagos:

“Vimos – honestamente, para minha surpresa – que Fernanda era muito parecida com a que encontraram naquela ilha há mais de 100 anos, e ambas eram muito diferentes de todas as tartarugas das outras ilhas”, disse Gaughran.

A equipe acredita que Fernanda tenha mais de 50 anos, mas ela é pequena, possivelmente porque a vegetação rala atrapalhou seu crescimento.

Atualmente, Fernanda está no Centro de Tartarugas do Parque Nacional de Galápagos, uma instalação de resgate e reprodução, onde cientistas tentam salvar as espécies ameaçadas de tartaruga.