Empresário deixa herança de R$ 673 milhões para cão, mordomo e caridade

O documentário Gunther: o Cachorro Milionário expôs uma fraude em que se alegava que um cão havia herdado uma fortuna de sua tutora. A história, na realidade, era apenas uma estratégia para evasão fiscal. Contudo, o caso do cachorro Goa, companheiro do empresário indiano Ratan Tata, foi bem diferente: Goa de fato recebeu parte de uma herança avaliada em R$ 673,5 milhões, assegurando-lhe uma vida de luxo, conforme o desejo expresso de Tata em seu testamento.

Ratan Tata, conhecido mundialmente por seu conglomerado empresarial e dono das marcas de automóveis Land Rover e Jaguar, deixou uma determinação clara em seu testamento: uma porção considerável de sua fortuna seria destinada a Goa, com a exigência de que o cão recebesse “cuidados ilimitados” pelo resto de sua vida. Tata, além de ser um empresário de destaque, era reconhecido pelo apego e dedicação a seus animais de estimação.

Após a morte de Tata, rumores infundados começaram a circular, afirmando que Goa teria falecido poucos dias depois de seu tutor. No entanto, a mídia local desmentiu rapidamente essas alegações. Sem esposa ou filhos, era de se esperar que a fortuna do empresário, falecido aos 86 anos em Mumbai, fosse dividida entre seus irmãos.

Contudo, Tata surpreendeu a todos ao deserdar seu irmão Jimmy e suas duas meias-irmãs, excluindo-os da divisão de bens e demonstrando uma preferência por seus colaboradores mais próximos.

A maior parte da herança foi destinada ao cão Goa e aos funcionários mais próximos de Tata: o mordomo e assistente Konar Subbiah e o cozinheiro Rajan Shaw, que foram incumbidos de garantir os cuidados exigidos para o cão.

Os irmãos do empresário receberam apenas uma pequena fração da fortuna, valor inferior ao montante que foi destinado a instituições de caridade, em um gesto final que reafirmou o compromisso de Tata com a filantropia e com aqueles que mais confiaram nele.