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A próxima superlua azul será única e a maior do ano

No dia 30 de agosto, os entusiastas da astronomia terão a oportunidade de contemplar um espetáculo celeste cativante: a superlua azul, a maior do ano até agora.

Esse fenômeno é resultado da confluência de dois eventos naturais distintos que não apenas ampliam o tamanho do nosso satélite natural, mas também intensificam sua coloração. Contudo, convém esclarecer que a tonalidade azul é puramente ilusória.

Entenda o funcionamento da superlua azul e saiba onde observá-la nesta quarta-feira.

O que é uma superlua?

De início, a superlua é um fenômeno astronômico que ocorre quando a Lua está em sua fase de lua cheia ou lua nova e, simultaneamente, está mais próxima da Terra em sua órbita oval.

Devido à trajetória elíptica da Lua, sua proximidade em relação à Terra oscila ao longo do tempo. Quando a Lua se aproxima mais da Terra (ponto conhecido como perigeu), ela parece maior e mais brilhante no céu, resultando na aparência de uma “superlua”.

Uma superlua pode parecer cerca de 14% maior e até 30% mais luminosa do que uma lua cheia convencional quando observada da Terra.

Entretanto, essas distinções podem ser sutis ao olho nu, a menos que haja uma referência direta para comparação com outras luas cheias.

As superluas são momentos empolgantes tanto para entusiastas da astronomia quanto para o público em geral, proporcionando a chance de contemplar a Lua em uma expressão ligeiramente mais dramática.

É crucial notar, todavia, que a alteração no tamanho e brilho da Lua durante uma superlua é relativamente discreta, e muitos podem não perceber uma diferença notável em relação a outras fases de lua cheia.

E a Lua azul?

Ao mesmo tempo, a superlua azul em 30 de agosto também estará vinculada a outro evento natural.

Contudo, o termo não alude à coloração literal da Lua no céu, mas sim a um evento que ocorre quando duas luas cheias acontecem em um único mês do calendário.

Em geral, um mês possui apenas uma lua cheia, porém, devido à duração dos meses no calendário gregoriano – o mais difundido –, ocasionalmente ocorre o caso de duas luas cheias em um mês. A segunda lua cheia nesse contexto é denominada “lua azul”.

No entanto, o termo “lua azul” não guarda relação alguma com a tonalidade da Lua no céu. A verdade é que a coloração da Lua no céu tende a ser branca ou amarelada, dependendo das condições atmosféricas.

O uso de “lua azul” é, em sua maioria, uma peculiaridade linguística e histórica originada de uma série de equívocos e interpretações errôneas ao longo dos anos. Sua tonalidade é mais próxima do laranja e é bastante marcante.

Há, de fato, ocasiões em que a Lua pode assumir uma coloração azulada no céu, mas isso é raro. Além disso, tal fenômeno não está associado à definição de “lua azul” mencionada anteriormente.

Essa coloração pode surgir quando partículas na atmosfera, como poeira ou fumaça, dispersam a luz e permitem somente a passagem das cores de comprimento de onda mais curto, como o azul. Isso ocorre com maior frequência após erupções vulcânicas, incêndios florestais intensos ou outras situações em que partículas finas são lançadas na atmosfera.

Onde observar a superlua azul de agosto?

Os dois fenômenos convergindo na superlua de agosto estarão visíveis no céu brasileiro a partir do pôr do sol, geralmente por volta das 18h. No entanto, é importante notar que a poluição pode obstruir a visão do astro em áreas urbanas, por exemplo.

Caso deseje testemunhar esse espetáculo, é aconselhável se deslocar para locais mais afastados, com menos obstáculos como árvores e edifícios. Embora o tamanho da lua facilite a observação, a experiência completa será mais enriquecedora em uma área aberta.

Essa conjunção de fenômenos ocorrerá novamente daqui a 3 ou 4 anos, portanto, não é uma oportunidade para ser perdida.

No entanto, se você é um admirador da lua, não precisa se inquietar, pois haverá outras ocasiões semelhantes. Em setembro, por exemplo, a Lua da Colheita será visível, encerrando um ciclo sazonal e podendo ser apreciada com proximidade maior da Terra.

Em 2024, teremos outra superlua, com duas luas cheias em agosto. Já o fenômeno ‘azul’ pode demorar um pouco mais. Para astrônomos e curiosos, o próximo dia 30 será uma oportunidade ímpar de contemplar dois fenômenos simultaneamente.

Vinicius Delmondes

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